Existem momentos na vida, em que nos deparamos com situações tão adversas e estranhas, que desistir de nossos sonhos é o mínimo que se pode pensar. Mas essa é uma das peculiaridades de nossa condição humana.
O medo nos afronta a cada esquina por onde passamos! E o medo termina, muitas vezes, na renuncia das chances que nos são oferecidas.
Hoje vivo muito mais que um sonho, uma realidade que me foi estampada, escancarada, praticamente esfregada na minha cara. A realidade de ser feliz! E não é exatamente para isso que estamos aqui? Ora, se somos jogados no meio dessa selva, matando um leão a cada dia, para quê seria? Todos, absolutamente todos nós - embora tenhamos convicções, valores, vidas diferentes - estamos juntos em um único e real objetivo: a busca pela felicidade. E não é apenas em títulos de filmes ou letras de músicas que ela existe. Sou a prova viva de que, ser feliz, é uma questão de escolha! Escolho se ando depressa ou devagar; escolho se sorrio diante das dificuldades ou se me entrego; escolho se acredito ou não. Ah, palavrinha indispensável desse dicionário extenso que é o da felicidade: acreditar!
Recentemente, fui exposta a maior de todas as provas que estes 26 anos de vida puderam me trazer: a prova da VERDADE. Dizer a verdade, fazer com verdade, viver na verdade! Fui descoberta em um erro, como foi mesmo que disseram? IMORAL! Sim, completamente fora de controle, me deixei envolver em uma trama digna dos mais adocicados roteiros de novela. Perdi o equilíbrio, a força, a sinceridade! Tudo me fugiu! Restou-me, apenas, a estúpida arte de mentir. Uma escolha nada convencional para quem "sonha com a tal felicidade". E lá volto eu ao início destes fatos: o medo nos faz tomar sempre as piores decisões. Acovarda, deixa-nos irreconhecíveis! Quem era eu? Não sei. Sei que tive medo de machucar a fonte da minha maior felicidade e através desse medo, sim, eu a machuquei. É meio idiota, não? PERDI UMA BATALHA mas me reergui, buscando forças para retomar a minha busca e tentar vivenciar a realidade que estava já impregnada em mim. Só que agora, a minha fonte de felicidade, está abalada... Chorou lágrimas de sangue por causa do meu medo mentiroso... Está enfraquecida... E o pior de tudo: está com medo também! Pronto! Lá volta o medo novamente! Teimoso, sorrateiro, cheio de armadilhas. Sabem do que falo quando me refiro à "fonte de felicidade"? Falo do tão utópico e ao mesmo tempo tão necessário AMOR!
Encontro-me nesta situação: hoje, sei que amo. Amo como nunca amei. Amo como jamais achei que poderia amar. E amo em tudo; na cor, no cheiro, no jeito, no gesto, no gosto... Amo nas palavras, no sorriso, amo amar! E hoje, mais do que nunca, sei que encontrei um caminho sempre iluminado, capaz de tornar a minha vida muito mais cheia de sentido. Uma "luz no fim do túnel", para mim, que tanto andei perdida. Agora como faço para não deixar que esse amor, essa chance dada pela vida, esse sonho tão real, se desfaça em minhas mãos?
Meu amor, minha sinceridade cresceu no momento em que ela se escondeu de você! Agora ela é imensa! Eu te afirmo, volto a afirmar, reafirmo, volto a reafirmar: hoje, mais que ontem (muito, muito mais) e menos que amanhã... Sempre! Seja minha luz. Eu fiz a escolha certa, só me resta lhe devolver a certeza de que sou a sua...
Pegando carona nas palavras de uma amiga: "Ou é para sempre ou é para nunca mais"
E sabem o que eu realmente acho? Renato Russo também cometia enganos. O "Pra sempre" nem sempre acaba...
Nathalia Bellar